segunda-feira, 11 de junho de 2012

1000 dias com ele



 Autoria:Clarissa Correa
 Uma vez me falaram que amar é se jogar de um precipício sem saber se lá embaixo vai ter alguém para segurar a gente.
 Foi a melhor definição de amor que já ouvi.
 Eu, que escrevo tanto e leio tanta gente que fala dessas coisas que damos o nome de sentimento, nunca tinha escutado nada tão verdadeiro.
 Amar é isso mesmo.
 É se jogar e não saber.
 É se entregar sem ter certeza.
Aos poucos, buscamos a certeza do amor.
 Porque o amor para ser amor precisa de certezas.
 A certeza do encontro, a certeza da continuidade, a certeza da presença, a certeza da verdade.
 Demorei muito para me permitir.
 Me distraí durante muito tempo com paixões que não duravam mais que a lua minguante.
 Por algum tempo vivi uma relação extremamente conturbada e complicada.
 Na verdade, não sei se posso chamar de "relação".
 Era alguma coisa sem nome.
 Aquilo não me deixava em paz, me fazia mais mal do que bem, mas de alguma maneira eu continuava.
 Não entendo, a gente se boicota tanto.
 Sabemos que queremos e merecemos mais, mas continuamos insistindo em coisas sem sentido.
 Punição? Talvez.
 A gente demora para se permitir ser feliz.
 Deve ser por isso que as pessoas ficam tateando no escuro durante muito tempo até encontrarem a tal  pessoa certa.
 Não sei se existe a pessoa certa, sei que existe uma pessoa certa para você.
 Essa pessoa, por mais errada que seja, é aquela que te dá vontade de continuar.
 Continuar lutando, vivendo, acordando, sorrindo.
Tem gente que nos dá essa vontade, aquela vontade de ser melhor para a gente mesmo e para quem nos   rodeia.
 Mas eu não queria, não me permitia, achava que daquele jeito estava bom.
 Às vezes, não sou legal comigo, você não é legal com você.
 Cegos, não conseguimos enxergar.
 Confusos, não sabemos o que fazer.
 Covardes, não nos damos uma chance.
 Carentes, nos agarramos na primeira oportunidade.
 A carência nos tira a visão.
 A falta de visão nos emburrece.
 E assim vamos vivendo um dia após o outro, com um vazio que nunca sai de dentro e um olhar que procura  e nunca acha.
 Todo mundo tem que amar alguém um dia.
 Não tem como definir, é uma coisa muito louca e real.
 Um dia, com o coração cansado, decidi que só queria coisas boas.
 Sem migalhas, sem mentiras, sem máscaras.
 Para amar a gente tem que se despir de todos os artifícios.
 Então, resolvi ser mais amiga de mim.
 Aproveitar a minha companhia, me curtir, só procurar o que me fazia bem.
 Foi aí que, sem querer querendo, a gente apareceu um na vida do outro.
 Me deu um medo, um medo.
Você sabe, eu sei.
Queria fugir, sair correndo, desistir.
Tentei de todas as formas (até bem pouco tempo atrás) encontrar motivos, fiapinhos do passado e farpas imaginárias para provar que não daria certo.
Mais uma vez eu insisto: ser feliz dá medo e é muita responsabilidade.
Fora o fato da gente não se sentir merecedor.
Fora o fato de pensar meu-deus-tá-tudo-bem-tudo-perfeito-na-minha-vida-é-certo-que-vou-descobrir-um-câncer.
A gente sempre pensa besteira por achar que não merece aquilo tudo.
Foi tudo em vão. Dia após dia o mundo, Deus, a vida, as coincidências, o destino ou sei lá, chame como você quiser, me mostraram que, sim, a gente tem um amor bonito e de verdade.
Que já passou por turbulências, furacões, que de vez em quando recebe tempestades e trovões, mas que sempre dá um jeito de deixar o céu azul e o sol brilhando.
Porque a gente gosta do tempo bom.
A gente tem uma história que é só nossa, um amor que é só nosso, uma vida que é só nossa, uma família que é só nossa.
Tudo nosso.
E com você eu descobri que sempre posso ir mais além.
Você me mostra umas partes que eu não conhecia. Me mostra uma força que eu não sabia que tinha.
Um jeito maduro e ao mesmo tempo infantil de continuar vendo a vida.
Me desarma com tanto bom humor.
Me mostra coisas que não sabia.
Me puxa para a realidade, pois nem só de sonho se vive.
Existe uma troca bonita e, hoje, mais madura. É que já faz mil dias, amor.
Mil dias que a gente se encontrou e nunca mais saiu de perto um do outro.
Mil dias que ouvi o que você disse e me atirei do precipício.
Ainda bem que a gente se jogou. Ainda bem que você esperou por mim. E eu por você.

 http://www.clarissacorrea.com/

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dentro da caixa


Autora:Mess Meister
Hoje foi diferente,acordei com mais facilidade que o de costume,me arrumei depressa,
cheguei adiantada cinco minutos,algo raro.
Meu cabelo estava mais arrumado que o normal,o tempo estava bom,nem quente nem frio.
Estava tudo muito tranquilo,perfeito demais e eu sabia que não iria durar.
Enquanto eu conversa com uma amiga,eu me virei bem a tempo de te ver com ela,num beijo tão intimo
que me fez desviar o olhar,um simples selinho,mas que dizia muita coisa...
Então lembrei que nunca foi assim com a gente,era tudo tão intenso,mais não tinha o peso daquele 
beijo nem de longe,porque?
talvez porque nós queríamos tanto que fosse forte,aquela coisa do ''aqui e agora'',que esmagamos tudo
E olhar você...tão diferente,eu não sei o que me fez sentir,e eu levei alguns segundos pra assimilar.
Eu queria dizer que senti ódio ou ciume,mais não foi isso.
Porque no fundo eu sei que ela é o melhor pra você,e eu também já tenho outro alguém que me faz bem.
Então eu te segui até o lugar onde a gente normalmente se esbarra,e seu olhar já não era mais o
mesmo,não tinha paixão ou tristeza,seus olhinhos rasgados não imploravam mais os meus...
No primeiro momento houve um silencio constrangido,e depois a confirmação que aquilo era o fim,
o verdadeiro fim.
E percebi que foi isso que eu senti,a tristeza do ''Adeus'',que finalmente havia chegado,e 
o medo do novo,de ter que se arrisca de novo,colocar o coração na mira,e começa tudo com
outra pessoa,porque até então a gente sabia que se não desse certo, poderíamos correr um pros 
braços do outro,mais você aprendeu antes de mim,que o amor não é uma formula exata,e resolveu
se entregar a algo novo,e eu pretendo fazer o mesmo.
É hora de guardar os momentos bons em uma caixa,e seguir em frente,rumo ao inesperado,
ao  assustador novo amor ....

terça-feira, 5 de junho de 2012

Egoísta


Autora:Mess Meister
Eu sinto um pouco de ciumes de você.
Ok,não é pouco...
Eu odeio imaginar  você com outra pessoa.
Porque sempre vai haver outra pessoa,e eu
Odeio imaginar que você está cozinhando
pra outra(como nunca cozinhou pra mim).
que chame ela de baixinha,
que atormente ela como faz comigo.
que converse sobre filmes,ou jogue o jogo
da velha(fazendo coração ao invés de bolinha,rs)
Que seja engraçado e brinque com ela.
que convide pra ir a Roma...
Não quero que faça uma de suas ''obras de arte''
(como o boneco torturado,lembra?)
Que chame ela de marrenta,e convide pra comer uma pizza.
ou que coloque um ''espião ninja'' na cola dela.
Não quero que seja o ''malvado'' de mais ninguém...
Eu sei,sou egoísta e possessiva,entre outros.
Mais também quero que você seja muito feliz
Que essa pessoa seja tudo que você merece ter
e que eu não posso ser...
Que esteja do seu lado nos eventos de cosplay e em
todos os outros.
E eu até deixo ela te dar umas mordidas por sei que
''te gusta''.
Só que ela não te deixe mimado demais,afinal,
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:espancar com o rolo
de macarrão,as vezes faz bem.
E você precisa de disciplina,meninão...
Que ela te valorize (ou acabo com ela)
Mas que mesmo assim você não se esqueça
da louca aqui de sampa,que sempre esboça um sorriso
idiota quando fala com você no msn...
Meu malvado favorito*-*








As vezes



Autora:Mess Meister
As vezes eu penso que sou minha melhor companhia,
porque ninguém sabe o que passa aqui dentro e
tem oras que nenhum amigo consegue me ajudar.

As vezes eu me auto-consolo,ao invés de esperar
que alguém note que eu não estou bem,
eu me olho no espelho e digo tudo o que gostaria,
que alguém me dissesse.

As vezes também eu me coloco pra baixo,me cobro demais,e
pode acreditar,eu brigo comigo.e preciso dos meus amigos,
tentando me animar, me fazendo rir.

As vezes eu tenho que dizer pra mim mesma ''seja forte segue..''
ou ''não leve tão a serio assim'',
eu me coloco em primeiro lugar e tento me preserva.

As vezes a eu me obrigo a deixar pra trás certas coisas,
e desapegar do que me prende,que atrapalha o meu caminho.
mas como isso é difícil as vezes...

As vezes eu me pego rindo sozinha,ou chorando...


As vezes eu desejo uma mão diferente segurando a minha,
mais com o tempo eu aprendi que não deve ser qualquer um,
qualquer coisa,esmola de afeto...
pode parecer narcisismo,mas eu aprendi que a gente deve se
amar e se respeitar pra poder exigi isso de alguém.

As vezes eu esqueço de tudo isso...mas meu amor próprio me faz 
lembrar,esse amor tão difícil de se conquistar,mas quando olho no espelho 
ele está sorrindo de volta...